01/11/20

5 coisas que tode vegane precisa saber antes de cursar Medicina Veterinária

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Hoje é dia primeiro de novembro e comemoramos o dia Mundial do Veganismo. Nesse dia tão especial, fizemos uma lista de 5 coisas que tode vegane precisa saber antes de cursar Medicina Veterinária. Essa discussão é também muito útil para os graduandes e graduades!

1. A Medicina Veterinária no Brasil começou com equinos e bovinos

A profissão de Medicina Veterinária se estabeleceu na França, em 1762, quando Claude Bourgelat criou a primeira Escola de Medicina Veterinária.
No Brasil de 1845, D. Pedro II traz a ideia da criação de “Ensinos em Veterinária”, e somente com Nilo Peçanha, em 1910, são criadas a Escola de Veterinária do Exército e a Escola Superior de Agricultura e Veterinária.
O ensino de Veterinária é condizente com o fato de que a agropecuária é a maior atividade econômica no país. De maneira mais direta, a maior parte da graduação vai tratar de ‘’animais de produção’’.
Muitos estudantes se frustram porque querem conhecer mais sobre selvagens e pequenos animais. Uma dica? Use e abuse dos grupos de estudo!

2. A Medicina Veterinária também é seu lugar

Apesar do viés ruralista do ensino da Medicina Veterinária, esta possui 90 ou mais áreas de atuação, desde a Medicina de Abrigo até a Saúde Pública. Portanto, temos muito espaço para diversidade!
Nossas relações com os animais estão em constante mudança, e como estudantes e futuros veterinários, devemos ter uma visão crítica diante dos tratamentos direcionados aos animais não humanos. Leia também nossa matéria O paradoxo da Medicina Veterinária.
Querido vegane, você é muito bem-vindo na Medicina Veterinária! Aqui existe muito espaço para mudanças.

3. Você não é obrigado a participar de aulas que utilizam animais vivos

Aqui eu apresento para vocês a Objeção de Consciência. A Objeção é um meio que o estudante tem de garantir sua liberdade de consciência e crença, de maneira a não obrigá-lo a participar de aulas que possam causar dor ou desconforto aos animais não humanos.
Tais direitos se encontram no Artigo 5 e Artigo 32 do Capítulo I Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.
Disponibilizado pela Médica Veterinária Amanda Luiza (@vetamandaluiza), você encontra aqui um modelo de Carta para pedir a Objeção de Consciência. 

4. Você precisa saber a hora de não se manifestar

Infelizmente, veganes, vegetarianes e simpatizantes são a minoria nas universidades de Medicina Veterinária. Grande parte dos professores apoiam a visão da agropecuária e acabam por cancelar o veganismo. É muito comum o relato de veganes e vegetarianes que sofrem perseguições por parte de professores e por outros estudantes, portanto precisamos ter cautela. Leia também Como promover um ativismo vegano eficaz na Medicina Veterinária.

A universidade é um ambiente temporário de aprendizado, portanto não nos cabe perder a sanidade mental diante das divergências éticas. Algumas vezes é melhor guardar comentários relacionados ao anti-veganismo para si e comentar apenas com os colegas, como um desabafo.
Seja grato pelo seu conhecimento, absorva tudo o que puder da universidade e se prepare para atuar sempre com muita ética na profissão!

5. Cuide da sua saúde mental

Você sabia que a Medicina Veterinária é uma das profissões com maiores índices de suicídio e e também de síndrome do esgotamento profissional ou Burnout? Vários fatores, como a carga horária, a desvalorização da profissão e os dilemas éticos, influenciam na qualidade de vida de um estudante e de um Médico Veterinário. Veja também nossa matéria Setembro Amarelo.
Não se esqueça do equilíbrio entre corpo, mente e espiritualidade (caso você pratique)!
Tenha sua rotina de autocuidado, pratique atividades físicas, se alimente bem e ande com uma garrafinha de água. Precisamos estar bem para poder cuidar dos outros.

Quer saber mais como é ser Vegane na Medicina Veterinária?
Siga o Canal da Veterinária Vegana Amanda Luiza!

Texto: Giulia Alexandroni

Referências:

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